Há determinadas perguntas que, por mais que a comunidade científica
tenha tentado responder, nunca conseguiram com sucesso. Algumas parecem muito
simples, outras muito complicadas, umas tratam de pontos muito concretos,
enquanto outras são muito abstratas ou até impossíveis de serem analisadas,
pois não há nenhuma base de fundamentos em que nos apoiar.
São esses tipos de perguntas que sempre ficam em algum lugar da nossa
mente ou aquelas que, desde muito pequenos, nos atormentaram em busca de uma
resposta. E mais, algumas das que envolvem observar e demonstrar, surgem quando
menos esperamos, em um simples momento de lucidez mental com um amigo, enquanto
caminhamos sozinhos pela cidade, quando voltamos de uma festa, etc...
Temos que dizer que todas essas perguntas são extremamente atraentes e
gostamos muito de mergulhar nelas, porque sempre nos proporciona muito
entretenimento. Embora sempre encontremos, mais perto ou mais longe, uma
resposta possível, com o passar da história, nossa espécie sempre se fez
perguntas desse tipo. Algumas pessoas se conformam com uma resposta, mesmo
quando não parece existir só uma resposta verdadeira, quando parece haver
muitas respostas. No artigo de hoje, trazemos a resposta a uma pergunta que com
certeza devem ter feito a si próprios em algum momento. Por que as letras dos
teclados não estão em ordem alfabética? Sigam lendo, pois é muito
interessante!
1. O teclado original
Se alguma vez você se perguntou por que as letras do teclado ou de
outros dispositivos não estão em ordem alfabética, você não está só. As pessoas
fazem essa mesma pergunta há anos. Tudo começou com as primeiras máquinas de
escrever.
2. A primeira máquina de escrever
A primeira máquina de escrever foi construída no ano de 1868, por
Christoper Sholes, um editor de jornal de Milwaukee. Quando se apertava uma
tecla, uma vareta conectada saía para fora e golpeava uma fita revestida de
tinta, transferindo a letra para o papel.
3. Começos difíceis
Sem dúvida, os primeiros modelos de máquina de escrever tinham as
letras, como se imagina, em ordem alfabética, de A a Z. A “máquina de escrever”
(nome com o qual se patenteou a máquina) tinha só duas linhas e as letras
estavam dispostas em ordem alfabética, com os números de 2 a 9. O “O” e o “I”
eram utilizados para os números 1 e 0.
4. O design original
Menor distância e maior velocidade permitiram ao datilógrafo colocar as
mãos alternadamente em letras consecutivas, tão frequentemente o quanto
possível. Porém, havia um defeito importante com o design dessa máquina de
escrever tão em moda. Quando certas letras apareciam na série, como as
combinações de TH e ST, as varetas da máquina de escrever se prendiam umas nas
outras porque ficavam muito juntas. Na intenção de corrigir o problema, Scholes
passou cinco anos experimentando várias disposições chave. Para evitar que se
prendessem, as organizou em uma nova disposição.
5. O teclado é baseado no nome do produto
Em 1873, os direitos de fabricação da máquina foram vendidos à E.
Remmington and Sons. A companhia organizou novamente as letras com a ajuda de
Sholes. Há um fato interessante aqui. Tente escrever a palavra “Typewriter” em
seu teclado e perceberá que todas as letras encontram-se na primeira linha
dele. Os donos do produto queriam que o nome dele estivesse na parte superior.
Esta terminou sendo a disposição utilizada e se converteu em um padrão no mundo
todo.
6. Um pareamento em bigrama influenciou no design
Acredita-se que o estudo do bigrama (análise de texto) influenciou na
disposição das letras. Outros dizem que o design evoluiu a partir da votação
dos operadores dos telégrafos, que diziam ser mais fácil ter as letras
dispostas segundo a quantidade de vezes que eram utilizadas, em lugar de onde
deveriam ser colocadas.
7. O moderno teclado QWERTY
O resultado foi a moderna distribuição QWERTY. O design transformou-se
num êxito após da publicação da Remington nº2, no ano de 1878. Essa máquina
incluía letras acima e abaixo. A tecla SHIFT foi introduzida na versão de 1878
para alternar entre maiúsculas e minúsculas. Nossos teclados modernos têm muito
mais letras adicionais do que as encontradas nas máquinas originais.
8. Competição dura
O teclado de Sholes tinha certa competência. Na década de 1930, o
professor August Dvorak tentou realizar um teclado mais fácil de usar,
organizando todas as vogais e consonantes mais comuns na linha central.
Começaram a produzir máquinas de escrever com esse formato, mas encontraram um
grande NÃO entre os consumidores, que não queriam mudar mais.
9. Dvorak derrotado
Um estudo dos Serviços gerais da EEUU, em 1953, determinou que não havia
grande diferença entre os teclados quando se tratava de usabilidade. Os
datilógrafos experientes podiam escrever mais ou menos à mesma velocidade em
ambos, além de que, a maioria das pessoas já havia se acostumado com o design
QWERTY e não queriam voltar a aprender.
10. Aulas de datilografia
Pela década de 1920, todo mundo estava usando a máquina de escrever Remington
para escrever cartas ou histórias. Transformaram-se em algo comum nos lares,
escritórios e escolas e começou-se a dar aulas e cursos de datilografia, pois
considerava-se esse um caminho para o futuro.
11. Transição aos dispositivos modernos
As aulas de datilografia nas escolas rapidamente deram lugar às aulas de
computação, onde o teclado QWERTY ainda existia. Ele funcionava tão bem que foi
mantido nos teclados de computador, laptops e até em telefones celulares.
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