segunda-feira, 25 de julho de 2016

Alguma vez já se perguntou por que as letras do teclado não estão em ordem alfabética? Inacreditável!

Há determinadas perguntas que, por mais que a comunidade científica tenha tentado responder, nunca conseguiram com sucesso. Algumas parecem muito simples, outras muito complicadas, umas tratam de pontos muito concretos, enquanto outras são muito abstratas ou até impossíveis de serem analisadas, pois não há nenhuma base de fundamentos em que nos apoiar.

São esses tipos de perguntas que sempre ficam em algum lugar da nossa mente ou aquelas que, desde muito pequenos, nos atormentaram em busca de uma resposta. E mais, algumas das que envolvem observar e demonstrar, surgem quando menos esperamos, em um simples momento de lucidez mental com um amigo, enquanto caminhamos sozinhos pela cidade, quando voltamos de uma festa, etc...

Temos que dizer que todas essas perguntas são extremamente atraentes e gostamos muito de mergulhar nelas, porque sempre nos proporciona muito entretenimento. Embora sempre encontremos, mais perto ou mais longe, uma resposta possível, com o passar da história, nossa espécie sempre se fez perguntas desse tipo. Algumas pessoas se conformam com uma resposta, mesmo quando não parece existir só uma resposta verdadeira, quando parece haver muitas respostas. No artigo de hoje, trazemos a resposta a uma pergunta que com certeza devem ter feito a si próprios em algum momento. Por que as letras dos teclados não estão em ordem alfabética? Sigam lendo, pois é muito interessante!



1. O teclado original

Se alguma vez você se perguntou por que as letras do teclado ou de outros dispositivos não estão em ordem alfabética, você não está só. As pessoas fazem essa mesma pergunta há anos. Tudo começou com as primeiras máquinas de escrever.

2. A primeira máquina de escrever

A primeira máquina de escrever foi construída no ano de 1868, por Christoper Sholes, um editor de jornal de Milwaukee. Quando se apertava uma tecla, uma vareta conectada saía para fora e golpeava uma fita revestida de tinta, transferindo a letra para o papel.

3. Começos difíceis

Sem dúvida, os primeiros modelos de máquina de escrever tinham as letras, como se imagina, em ordem alfabética, de A a Z. A “máquina de escrever” (nome com o qual se patenteou a máquina) tinha só duas linhas e as letras estavam dispostas em ordem alfabética, com os números de 2 a 9. O “O” e o “I” eram utilizados para os números 1 e 0.

4. O design original

Menor distância e maior velocidade permitiram ao datilógrafo colocar as mãos alternadamente em letras consecutivas, tão frequentemente o quanto possível. Porém, havia um defeito importante com o design dessa máquina de escrever tão em moda. Quando certas letras apareciam na série, como as combinações de TH e ST, as varetas da máquina de escrever se prendiam umas nas outras porque ficavam muito juntas. Na intenção de corrigir o problema, Scholes passou cinco anos experimentando várias disposições chave. Para evitar que se prendessem, as organizou em uma nova disposição.

5. O teclado é baseado no nome do produto

Em 1873, os direitos de fabricação da máquina foram vendidos à E. Remmington and Sons. A companhia organizou novamente as letras com a ajuda de Sholes. Há um fato interessante aqui. Tente escrever a palavra “Typewriter” em seu teclado e perceberá que todas as letras encontram-se na primeira linha dele. Os donos do produto queriam que o nome dele estivesse na parte superior. Esta terminou sendo a disposição utilizada e se converteu em um padrão no mundo todo.

6. Um pareamento em bigrama influenciou no design

Acredita-se que o estudo do bigrama (análise de texto) influenciou na disposição das letras. Outros dizem que o design evoluiu a partir da votação dos operadores dos telégrafos, que diziam ser mais fácil ter as letras dispostas segundo a quantidade de vezes que eram utilizadas, em lugar de onde deveriam ser colocadas.

7. O moderno teclado QWERTY

O resultado foi a moderna distribuição QWERTY. O design transformou-se num êxito após da publicação da Remington nº2, no ano de 1878. Essa máquina incluía letras acima e abaixo. A tecla SHIFT foi introduzida na versão de 1878 para alternar entre maiúsculas e minúsculas. Nossos teclados modernos têm muito mais letras adicionais do que as encontradas nas máquinas originais.

8. Competição dura

O teclado de Sholes tinha certa competência. Na década de 1930, o professor August Dvorak tentou realizar um teclado mais fácil de usar, organizando todas as vogais e consonantes mais comuns na linha central. Começaram a produzir máquinas de escrever com esse formato, mas encontraram um grande NÃO entre os consumidores, que não queriam mudar mais.

9. Dvorak derrotado


Um estudo dos Serviços gerais da EEUU, em 1953, determinou que não havia grande diferença entre os teclados quando se tratava de usabilidade. Os datilógrafos experientes podiam escrever mais ou menos à mesma velocidade em ambos, além de que, a maioria das pessoas já havia se acostumado com o design QWERTY e não queriam voltar a aprender.

10. Aulas de datilografia
Pela década de 1920, todo mundo estava usando a máquina de escrever Remington para escrever cartas ou histórias. Transformaram-se em algo comum nos lares, escritórios e escolas e começou-se a dar aulas e cursos de datilografia, pois considerava-se esse um caminho para o futuro.

11. Transição aos dispositivos modernos

As aulas de datilografia nas escolas rapidamente deram lugar às aulas de computação, onde o teclado QWERTY ainda existia. Ele funcionava tão bem que foi mantido nos teclados de computador, laptops e até em telefones celulares.


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