São Paulo – A Câmara dos
Deputados elegeu na madrugada desta quinta-feira
(14) o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) como o novo
presidente da Casa.Eleito com 285 votos, o parlamentar ocupará a cadeira até
fevereiro de 2017.
O deputado derrotou o representante do “centrão”
Rogério Rosso (PSD-DF) em segundo turno. Desde o início, ambos eram cotados
como favoritos. (Veja aqui como foi a sessão)
O novo presidente da Câmara é natural do Chile, tem
46 anos e é filho do ex-prefeito da capital fluminense, Cesar Maia (DEM-RJ). Em
1989, ingressou no curso de Economia na Universidade Cândido Mendes (UCAM), mas
não
Em 1996, aos 26 anos, conquistou seu primeiro cargo
público e se tornou o mais jovem Secretário de Governo da Prefeitura do Rio.
Antes, foi funcionário dos bancos BMG e Icatu.
Seu início na política veio em 1998 ao ser eleito
deputado federal pelo PFL. Foram mais de 96 mil votos.
Nessa época, foi um dos principais articuladores da
refundação do partido, em processo que criou o DEM. Assumiu, portanto, como
primeiro presidente nacional do partido, em 2007 — permaneceu no cargo até
2011.
Na Câmara, foi reeleito por três vezes
consecutivas, nos pleitos de 2002, 2006 e 2010. Em 2012, o deputado tentou a
sorte na disputa pela Prefeitura do Rio.
O resultado, porém, foi um vexame: com pouco mais
de 95 mil eleitores ao seu lado, teve menos de 3% dos votos válidos. Voltou à
Câmara em 2014, para seu quinto mandato em sequência.
Maia declarou ter R$ 736 mil em bens. Destacam-se
dois imóveis como os mais valiosos: um apartamento em São Conrado (RJ) no valor
de R$ 304 mil e outro em São Paulo (SP), de R$ 230 mil.
Sua campanha custou mais de R$ 2,3 milhões e foi
financiada, majoritariamente, por doações do próprio pai (R$ 284 mil). Entram
como doadoras também empresas como a JBS (R$ 100 mil) e banco BMG (R$ 550 mil),
o mesmo acusado pelo Ministério Público de ter cometido gestão fraudulenta ao
abastecer o mensalão.
Apesar de não ter pendências na Justiça, o deputado
apareceu recentemente em investigação da Operação Lava
Jato. De acordo com a revista Época, ele aparece em mensagens de celular trocadas com Léo
Pinheiro, sócio da empreiteira OAS e amigo do ex-presidente Lula.
A suspeita é que a empreiteira pagou caixa 2 à
campanha de 2014 do deputado.
Já sobre os Projetos de Lei (PL) criados pelo
congressista, se sobressai o PL 5564/2013 que obriga a instalação de ar
condicionado no metrô e nos ônibus. Segundo o texto, “estudos de medicina do
trabalho comprovam que 45% de motoristas e cobradores sofrem com a vibração do
motor dianteiro e o calor nos ônibus coletivos”.
Outro de destaque é o PL 7405/2014 que pede a
redução da idade para o direito à gratuidade dos idosos nos ônibus de 65 para
60 anos.
Além das funções como deputado federal do
Democratas, Maia atua como presidente da comissão especial da Câmara que
discute a reforma política no Brasil.
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