O Palácio do Planalto avaliou que o resultado das
eleições municipais legitima o governo do presidente Michel Temer. Para o
ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a ampla vitória de partidos da
base aliada dá fôlego às medidas da equipe econômica do governo e “sepulta” as
contestações à gestão que assumiu após o impeachment da presidente Dilma
Rousseff.
“Essa eleição sepulta qualquer tipo de contestação,
seja sob o ponto de vista institucional, de legitimidade, ou de programa de governo”,
afirmou Padilha ao Estado.
"Os partidos da base do governo vão fazer
próximo a 90% dos votos nessas eleições municipais. Em que pese todo o discurso
que os partidos de oposição utilizaram rebatendo as medidas do governo, o
resultado diante da sociedade foi altamente negativo para eles e, por
consequência, positivo para o governo", Eliseu Padilha, ministro da Casa
Civil.
O ministro rebateu críticas da oposição de que o
atual programa de Temer não foi aprovado pelos eleitores quando o então
candidato à vice-presidente se elegeu, juntamente com Dilma. Na opinião de
Padilha, as eleições municipais podem ser entendidas também como uma aprovação
ao governo federal.
“Onde mora o cidadão? É no município. A sociedade,
ao votar maciçamente nos candidatos do governo, está mostrando que apoia as
iniciativas que foram tomadas”, disse. “Essa é a manifestação do cidadão.”
Ele criticou os partidos de oposição e ressaltou
que o PT perdeu espaço em prefeituras e câmaras municipais nesta eleição. “Em
que pese todo o discurso que os partidos de oposição utilizaram rebatendo as
medidas do governo, o resultado nas urnas foi altamente negativo para eles e,
por consequência, muito positivo para o governo”, disse.
O ministro disse que o resultado demonstra que a
população apoia a premissa básica do governo Temer, que segundo ele, é limitar
as despesas e parar o endividamento. “Os brasileiros viram que o Brasil não tem
uma outra alternativa”, afirmou.
PEC
A avaliação de Padilha coincide com a de outros
membros do núcleo político do governo. Uma preocupação do Planalto era que a
votação e aprovação da PEC do Teto na Câmara dos Deputados, na reta final do
segundo turno das eleições, tivesse impacto negativo nas campanhas dos
candidatos governistas às prefeituras.
Segundo o ministro da Casa Civil, o apoio da
população é essencial para o governo federal manter a base coesa na segunda
fase da votação da PEC do Teto – em novembro, desta vez no Senado.
“Todos tomaram a consciência de que os gastos do
governo não podem ser desenfreados, não se pode sair aumentando a conta todo
ano sem nenhuma responsabilidade”, disse.
A proposta vai tramitar na Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ) do Senado e depois segue para o plenário. A votação em primeiro
turno está marcada para o fim do próximo mês. A votação final está prevista
para ocorrer em meados de dezembro.
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